O alerta foi dado por um médico especialista em comportamento a trabalhar no Afeganistão. O seu paciente esteve debaixo de fogo e agora refugia-se debaixo da cama recusando-se a sair, mesmo quando lhe acenam com os brinquedos. O cão sofre de stress pós-traumático de guerra.
De acordo com os estudos, mais de 5% dos cerca de 650 cães das forças militares dos Estados Unidos que estiveram em cenários de combate sofrem de stress canino. Destes, cerca de metade tiveram que “reformar-se”.
Embora os médicos veterinários prestem atenção às questões comportamentais dos animais há muito tempo, a questão do stress pós-traumático canino só começou a ser colocada há cerca de 18 meses.
Veterinários militares têm estado especialmente atentos às alterações de comportamento dos cães que estiveram expostos a explosões, tiros e combates violentos no Iraque e no Afeganistão. Há semelhança do que acontece com os seres humanos, estes animais têm reacções muito diversas.
Alguns tornam-se hiper-vigilantes, outros evitam locais onde anteriormente se sentiam confortáveis, podem ainda tornar-se agressivos, carentes ou tímidos. Muitos deixam de realizar as tarefas para as quais foram treinados.
O tratamento da doenças é extremamente difícil, uma vez que os cães não conseguem explicar o que se passa com eles. O que implica que os tratadores e os médicos veterinários apenas possam fazer conjecturas. Contudo, o animal pode apresentar melhorias assim que é afastado das tarefas habituais e sujeito a uma rotina de exercícios físicos e treino de obediência.
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